Pesquisadores da Universidade de Sun Yat-sen, em
Guangzhou, na China, realizaram experimentos de modificações de embriões
humanos e divulgaram um artigo no periódico “Protein & Cell”.
Eles usaram a
técnica chamada de CRISPR/Cas9 em 86 embriões obtidos em clínicas de
fertilidade locais. O experimento foi o seguinte: os cientistas injetaram nos
embriões o complexo de enzimas CRISPR/Cas9 que seria tipo uma “tesoura”
molecular que corte e une o DNA em locais específicos.
A ideia é tirar um
gene problemático e reparar introduzindo outra molécula ao mesmo tempo. Mas o
que poderia ser um avanço da ciência é visto com muito temor e críticas pela
comunidade cientista.
A revista Nature,
que se negou a publicar o artigo, ouviu especialistas que criticam o estudo dos
chineses. O presidente da Aliança para a Medicina Regenerativa, o cientista
Edward Lanphier e outros quatro pesquisadores deram entrevistas para a
publicação no mês de março pedindo para que a comunidade mundial não realize
experimentos dessa linha.
Muito se fala que
a técnica seria uma possibilidade para tratar doenças genéticas, mas os
cientistas começam a se preocupar se essa manipulação não traria problemas
maiores, chegando a alterar toda a raça humana.
Uma das principais
preocupações é a respeito da chamada eugenia, uma ideia surgida no século XIX
que é comparada ao nazismo. A filosofia da época pregava em casar pessoas com
características físicas supostamente superiores para eliminar o que eles
consideravam “indesejáveis”.
Os cientistas
éticos acreditam que essa alteração genética poderia ser usada para eliminar
genes de doenças mentais e até para não permitir que negros, índios e judeus
nasçam. Os que acreditam em genes que determinam a sexualidade, dizem até que
com essa técnica impediria que os homossexuais venham a nascer. Com informações O Globo
Fonte: Gospel Prime
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