Ainda não se sabe
o que aconteceu com o voo MH370, da Malaysia Airlines, que saiu de Kuala Lumpur
com destino a Pequim, na última sexta-feira (7), e desapareceu com 239 pessoas
no Mar da China. Porém, algumas hipóteses ganharam destaque neste domingo (9).
Veja abaixo as principais teorias e explicações técnicas:
Desintegração no ar
Enquanto a busca por destroços continua entre Malásia e Vietnã, o
terrorismo é uma possibilidade a perseguir, com suspeitas levantadas por dois
passageiros que viajavam com passaportes falsos, além de uma sombra dos
recentes (mesmo que radicalmente diferentes) ultrajes à China, que abriga a
maioria dos 227 passageiros a bordo.
De acordo com especialistas em aviação, o desaparecimento do avião do
radar com apenas 40 minutos de voo, com total falta de alerta ou comunicação,
sugere um incidente repentino e catastrófico, embora não haja outras evidências
que sustentem a hipótese de bomba a bordo. Alguns sugerem que o fato de as
buscas ainda não terem encontrado destroços torna mais provável a hipótese de a
aeronave ter se desintegrado no ar, em vez de no impacto com a água.
Falha técnica
A uma altitude de cruzeiro e tempo bom, mesmo a total perda de motores
deveria ter dado tempo aos pilotos de fazer uma chamada de emergência. O avião
em questão tinha mais de 53 mil horas de voo sem problemas e fez sua última
manutenção em 23 de fevereiro, uma consulta de rotina que não mostrou nada fora
do comum.
É claro que falhas técnicas podem aparecer de uma hora para outra, mas o
modelo Boeing 777-200 tem um histórico de segurança impressionante para aeronaves
de longo curso em duas décadas de serviço: o primeiro acidente fatal aconteceu
há apenas oito meses, com um avião da Asiana Airlines, em San Francisco.
Afundamento intencional
Uma outra teoria é que o avião foi deliberadamente dirigido para o mar,
sob pressão, por um sequestro do tipo visto nos ataques de 11 de setembro, ou
porque o piloto quis cometer suicídio. Este último fator nunca foi formalmente
reconhecido em um incidente grave, mas foi amplamente divulgado como a
motivação por trás do acidente da EgyptAir em 1999, que matou 217 pessoas e a
um acidente da SilkAir, na Indonésia, dois anos antes, que custou 104 vidas.
Combinação de eventos
A natureza do incidente, como entendido até agora, para muitos evocou o
acidente do voo 447 da Air France, que também desapareceu no mar, fora de
contato do radar e no meio da noite, em junho de 2009. Foram dias para que as
autoridades localizassem os destroços e quase dois anos para que a caixa preta
do voo fosse recuperada e finalmente permitisse que os investigadores juntassem
as peças do mistério. Na ocasião, a caixa preta mostrou uma combinação de
circunstâncias incomuns — instrumentos afetados, leituras erradas e, em grande
parte, erro humano por parte dos pilotos. Nas primeiras horas da manhã, pilotos
experientes ficaram desorientados para tomar decisões que paralisaram e
derrubaram o avião, só percebendo nos últimos momentos a gravidade do problema.
Passaportes roubados
A Malaysia Airlines identificou um dos dois passageiros que
embarcaram no voo desaparecido com passaportes roubados, informou nesta
segunda-feira (10) o chefe da polícia local, Khalid Abu Bakar. Segundo ele, o
homem não é malaio, mas a nacionalidade não foi revelada. As autoridades
conseguiram identificá-lo por meio de imagens das câmaras de segurança do
aeroporto.
“Ainda estamos verificando se eles (os dois suspeitos com passaportes
roubados) chegaram legal ou ilegalmente (ao país)”, disse.
Fonte: O
Globo e Agência Brasil
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