O governo chinês tem aumentando constantemente últimos meses a repressão
nos contra as igrejas cristãs em todo o país. Um dos reflexos dessa repressão
foi a recente prisão do casal de missionários evangélicos canadenses Kevin
Garratt (54) e Julia Dawn Garrat (53).
Os missionários foram detidos pelas autoridades acusados de roubar
“segredos de segurança nacional”. Porém, eles faziam trabalho missionário com
foco na Coreia do Norte. Eles foram presos na cidade de Dandong, na fronteira
com a Coreia do Norte, local onde a família Garratt mantinha uma cafeteria
desde 2008. A família mora na China desde 1984, e escolheu a cidade Dandong por
ser o local por onde entram os refugiados norte-coreanos, foco de seu trabalho
missionário.
O filho do casal detido, Simeon Garratt, de 27 anos, afirma que não
consegue entender os motivos da prisão de seus pais, depois três décadas
trabalhando no país. Ele relata também que a religião deles era de conhecimento
público na cidade e que na cafeteria Peter´s Coffee Shop música cristã era
tocada continuamente.
- É uma história absurdamente louca. Não faz sentido para mim – afirmou
o filho dos missionários.
Segundo o Daily Mail, a prisão do casal levou à divulgação do material
usado por eles para divulgar nas igrejas do Canadá o trabalho missionário que
realizavam.
- Temos nossa base na China e nosso foco na Coreia do Norte, mas estamos
centrados em Jesus – afirma Kevin numa mensagem em que ele também conta aos
membros da igreja sobre as Bíblias que tinha disponíveis na cafeteria e mostra
um cartaz que tem no local sobre sua fé.
Kevin conta também, durante uma pregação divulgada pela imprensa, que
eles recebiam norte-coreanos que fugiam de seu país. Muitos desses se
converteram em Dandong, e voltaram para seu país para atuar como missionários.
Diante do caso, o primeiro-ministro canadense, Steven Harper, anunciou
que vai à China. Porém, o governo chinês não tem divulgado detalhes sobre a
prisão e o processo, e os missionários estão incomunicáveis. Segundo a agência
de Notícias chinesa Xinhua, o departamento de segurança do país afirma estar
“investigando o caso”, mas em nenhum momento faz menções às atividades
religiosas dos Garratt.
O Código Penal chinês trata a espionagem, crime do qual os missionários
estão sendo acusados, como crime passível de pena mínima dez anos de prisão e
em alguns casos, o acusado pode ser condenado à morte.
Fonte: GNOTÍCIAS
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