O dólar subiu mais de 1 por cento
nesta quinta-feira, foi a 2,51 reais e fechou na máxima desde abril de 2005, em
meio a expectativas de que Dilma Rousseff (PT) poderia aparecer à frente de
Aécio Neves (PSDB) nas próximas pesquisas eleitorais, a poucos dias do segundo
turno da disputa à Presidência.
A moeda norte-americana subiu 1,35%, a R
2,5137 na venda, maior nível de fechamento desde 29 de abril de 2005, quando
ficou em R$ 2,528. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro do mercado à
vista ficou em torno de 1,8 bilhão de dólares.
Logo após o fechamento, pesquisas do
Datafolha e do Ibope confirmaram as expectativas dos investidores e mostraram
Dilma na liderança contra o tucano, fora da margem de erro.
"O mercado não sabe para onde atirar
agora nesses últimos dias antes das eleições", disse o operador de câmbio
da corretora Intercam Glauber Romano.
Nas pesquisas anteriores de intenção de voto,
a presidente Dilma Rousseff (PT) vinha aparecendo com liderança numérica, mas
em empate técnico, contra Aécio Neves (PSDB), preferido nas mesas financeiras
por prometer uma política econômica mais ortodoxa.
Neste pregão, segundo operadores, circularam
rumores de que Dilma teria aumentado sua vantagem sobre o tucano, saindo da
margem de erro. Durante a tarde, nota publicada na página do Radar on-line da
Revista Veja endossou os boatos, afirmando que a pesquisa Ibope mostrará Dilma
na dianteira e fora da margem de erro.
As especulações aumentaram o volume de
negócios num mercado que tem sofrido com pouca liquidez nas últimas sessões, em
meio à cautela eleitoral. Neste pregão, foram negociados 390 mil contratos de
dólar para o mês seguinte, acima da média de outubro. Em comparação, nesta
semana até quarta-feira a média diária havia ficado em cerca de 270 mil
contratos.
"Parece que o mercado está alternando
entre o modo de 'especulação', quando o mercado enche, e o modo de 'prudência',
quando o mercado esvazia", resumiu o operador de câmbio da corretora
B&T, Marcos Trabbold.
Analistas vêm apontando que o dólar tem
enfrentado dificuldade para se sustentar em níveis acima de 2,50 reais, patamar
considerado mais alinhado às condições atuais das economias internacional e
doméstica.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta
total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares,
pelas atuações diárias. Foram vendidos 300 contratos para 1º de junho e 3,7 mil
para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 196,5 milhões de
dólares.
O BC também vendeu a oferta total de até 8
mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a
autoridade monetária já rolou cerca de 76 por cento do lote total, equivalente
a 8,84 bilhões de dólares.
Fonte: Msn Notícias
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