sábado, 18 de outubro de 2014

De acordo com a secretaria, o homem que chegou a ter suspeita de ebola é libanês e passou pela China, Dubai, Líbano e Itália, mas não esteve em nenhum país da África. Ele procurou atendimento de madrugada
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) descartou a suspeita de ebola em Foz do Iguaçu, na região Oeste do estado. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek, no bairro Três Bandeiras, não está mais isolada, mas vai reabrir apenas a partir das 19 horas. De acordo com a assessoria de imprensa, o paciente suspeito é um comerciante libanês que viajou para a China e não passou por países africanos.
A secretaria chegou a essa conclusão ao analisar o passaporte do paciente. Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal (PF) também foram acionados para checar o documento. A suspeita é que ele tenha sido mal interpretado pelos atendentes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek por não falar fluentemente o português. O libanês tem 22 anos e mora em Foz do Iguaçu, onde também reside o pai e a mãe dele.
A Sesa informa que o libanês passou pela China, Dubai, Líbano e Itália e procurou atendimento nesta madrugada na cidade com febre, náuseas e pele amarelada. “O protocolo de suspeita de ebola foi inicialmente acionado pelos profissionais da Unidade de Saúde por conta de suas viagens. Em algum momento houve a informação de que ele poderia ter passado pelos países africanos com circulação do vírus de ebola, mas essa informação foi descartada pelo próprio paciente e as autoridades tiveram acesso a seu passaporte que não registra passagem pela África”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Sezifredo Paz.
O paciente saiu do isolamento e será encaminhado para exames de sangue e de imagens. Uma das suspeitas é de que ele possa estar com pedra na vesícula, segundo o Secretário Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Charles Bortoli.
O homem que chegou a ser suspeito de ter ebola deu entrada na UPA por volta das 4 horas da manhã desta quinta-feira (16). A unidade foi interditada por volta das 9 horas. A imprensa não teve acesso à área mais próxima da unidade de saúde que ficou isolada.
De acordo com as primeiras informações que foram repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde, o homem seria árabe e teria vindo de Serra Leoa há 23 dias. A informação foi corrigida em seguida.
A Rua Iacanga, onde fica a UPA, teve cerca de 150 metros interditados, do trecho que vai da Avenida Guarujá até a Rua Cáceres. Quatro viaturas da Polícia Militar, uma viatura da Guarda Municipal e um carro do Corpo de Bombeiros estiveram no local.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não informou quantas pessoas - entre profissionais e pacientes - ficaram na UPA durante o tempo de interdição.
Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde também descartou a suspeita de ebola na cidade. De acordo com a nota, o paciente, um homem de 22 anos, brasileiro de descendência libanesa, não passou por nenhum dos três países afetados pela epidemia de Ebola (Serra Leoa, Guiné e Libéria). Ele esteve em viagem internacional e procurou atendimento durante a madrugada relatando febre, náuseas e icterícia.
Treinamento
Nesta segunda-feira (13), os funcionários do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu iniciaram um treinamento para que estejam aptos a atender possíveis casos de pacientes com ebola no local. As informações repassadas aos funcionários fazem parte de uma cartilha que explica como proceder em casos suspeitos. A capacitação abordou formas de agir e quais equipamentos e roupas de segurança precisam ser usados para evitar o contágio.

Fonte: Jornal de londrina Gazeta o Povo

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